sexta-feira, 23 de setembro de 2011

AGENDA 1965




05/fev.

Permaneci durante toda a tarde na Repartição, datilografando contratos de locação de casas pertencentes ao Dr. Sylvio Moura Tapajós, Delegado Regional do Trabalho. Quando saio me encontro com meu nobre amigo Jorge Abdon Carim. Agora estamos no terraço do Lord Hotel a degustarmos uma garrafa de ¨Lacrima Cristi¨. Antes de levantarmos da mesa – e como remate de assunto afeto à literatura, eu lhe digo: Se um bom livro de poemas não consegue alterar os valores da Bolsa, nós, poetas, nascemos no planeta errado. Ele ri-se, e partimos.

06/07/fev.

Leio o ¨Ascensão e Queda do Terceiro Reich¨, quando chega a mãezinha. Abandono o livro. A seguir, o Maciel também chega. Tomamos vinho, almoçamos juntos. Durmo a sesta. Minha mãe retorna. Fico meio impaciente, faço a barba e saio. Me deparo com o Cosme Hayek no Café do Pina, passeamos com a família até cerca das 22 horas. Estou novamente em casa, ouço um programa da Rádio Rio Mar. Nesse então, me recolho.
* Em silêncio me ponho a conferir certas frases de amigos, salvas do enxurro. Como esta de um desconhecido: Nosso mundo já é uma falta de opção. E por falta de opção nós vamos por aí ou ficamos por aqui. Final de contas, a melhor opção por falta desta é o consolo de havermos tentado. Tudo vale a pena? Comodidade.



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