Jorge Tufic
Aqui as luas
se contavam com as mãos.
Um sopro cheiroso de fumaça
conquistava uma tribo,
adoçava uma guerra.
o cachimbo, também,
sondava o futuro,
avisava a presença de estranhos,
aguçava os ouvidos.
Quando alguém amava,
seu coração mudava de lugar.
A lua tinha fogo bonito,
iluminava por fora,
mas queimava por dentro.
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