quarta-feira, 30 de julho de 2014

POEMAS EM GUARDANAPOS DE PAPEL


POEMAS EM GUARDANAPOS DE PAPEL

(Beija-flor)
Um milhão de anos foi preciso,
beija-flor,
para que Deus te criasse.
E como te matam fácil
fácil.




(A jaula)
Tudo parece mudo,
indiferente, kafkeano.
Só eu e minha sombra
agora mesmo intraduzível.
O mais passando
passando.
Roídas se quedam pedras,
janelas, calçadas
e a ponta do
meu láp
is.



(Ciclo I)

Ó nuvem
quantas mijadas pesam

nas tuas levezas.
E quant’água me pesa
no corpo
sem nuvem.



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