quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Obras avulsas


Obras avulsas


AOS CONFRADES E AMIGOS DO CHÁ DO ARMANDO

Ao Chá do Armando a taça que faltara
quando, sem mim, quiseram-me presente;
e aos oitenta que sou, alegremente,
um dia a mais tão logo acrescentara.

Laços comuns, saudades, uma rara
força nos une transcendentalmente;
pois, sendo longe, o perto se consente
anular a distância que separa.

Fica-me bem ser lágrimas e rosas.
Mas como agradecer aos meus amigos
pelos brindes, com rimas fastidiosas?

Contudo, a gratidão me transfigura.
Sou-lhes grato, meus últimos abrigos,
companheiros da luz em noite escura.

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