SONETOS
PARA GUIMARÃES ROSA
II
Passarim-passarão,
rosa-de-rosa,
o
arguto adeus se voa rio-acima;
ave
ribeira entregue ao que não rima
mas
colhe aromas para o som da prosa.
De
ver se faz o til, o lá de anosa
raiz
no brejo tendo a si e ao clima
donde
sai beija-flor, roseana estima
por
um dizer com seiva luminosa.
Fazer
o achado, a busca, nunca a trava
do
ponto a qualquer flor, texto ou gorjeio,
foi
lei-que-foi no tempo que se lava.
Dos
estirões da saga emerge o veio
do
teu léxico novo; ali se andava
rosa-sertão
bem antes do que veio.
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