quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

DOS PESADELOS


DOS PESADELOS

Não sei dizer ao menos onde estava,
nem de ter sido aquele que dormia,
nem que os lugares deste sonho havia
na história de algum outro que sonhava.
Sei apenas que o tempo me guiava,
mas o tempo eu não tinha como guia;
sei apenas que tudo o que queria
de minhas mãos tão logo se ausentava.
Ruas, casas, pessoas, brevidades,
sombras, paredes, torvelinho e morte,
nas cartas de um baralho eram cidades.
Que aviso podem dar os pesadelos?
Sonhos bons nunca tive, nem a sorte
de combater os maus antes de havê-los.

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